Novos vídeos mostram ataques a ônibus em São Paulo; polícia busca autores do vandalismo
06/07/2025
(Foto: Reprodução) Em apenas 25 dias, 544 veículos foram atingidos na capital, na região metropolitana e na Baixada Santista; polícia civil investiga possível envolvimento do PCC, desafios na internet e empresas com contratos encerrados Polícia busca autores de onda de vandalismo contra frota de ônibus de São Paulo
Uma série de ataques a ônibus tem causado medo entre passageiros e motoristas em São Paulo e na Região Metropolitana. Desde 12 de junho, ao menos 544 veículos foram apedrejados na capital, Grande São Paulo e Baixada Santista.
Vídeos de segurança mostram cenas de pânico, com passageiros se abaixando e motoristas tentando entender a origem do ataque.
“Se me pega uma pedra dessa, eu poderia ter causado um acidente maior, porque ia perder o controle do carro”, relatou João Batista de Moraes, motorista de ônibus.
No entanto, imagens gravadas em janeiro podem indicar que a ação dos vândalos começou antes da disparada de casos em junho. De acordo com uma empresa ouvida pelo Fantástico, 37 veículos da frota foram atingidos desde o início deste ano.
“Um vidro pode custar cerca de R$ 5 mil, mas o maior prejuízo é retirar o ônibus fora de circulação. É o ônibus parado, é o prejuízo à população”, apontou Mauro Herszkowicz, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros.
A Polícia Civil trabalha com três linhas principais de investigação:
Ação coordenada pelo PCC, embora ainda sem motivação clara;
Ataques por pessoas influenciadas por desafios criados na internet;
Possível sabotagem de empresas que perderam contratos com a prefeitura.
A investigação ainda não avançou o suficiente para confirmar ou excluir qualquer uma das possibilidades.
Até o momento, um suspeito foi identificado e teve prisão decretada, mas seu nome não foi divulgado. Ele estaria por trás do caso mais grave registrado no período, ocorrido em 27 de junho, quando uma mulher foi ferida no rosto por estilhaços de vidro e precisou ser levada ao hospital.
Na tentativa de conter os crimes, houve um reforço de policiamento na capital e na região metropolitana. De acordo com a Polícia Milita, cerca de 8 mil agentes participam das operações. A Secretaria da Segurança Pública confirmou que um homem foi preso neste sábado após arremessar pedras contra um ônibus.
No entanto, novos ataques seguem sendo registrados — só entre sexta e sábado da última semana, 12 ônibus foram apedrejados na capital e na Grande São Paulo. O clima é de tensão diária entre passageiros e motoristas, que circulam em alerta constante:
"A gente fica olhando todo o ponto antes de parar, ver se não tem alguém suspeito que possa vir fazer essas coisas. A gente não sabe, uma hora pode vir um estilhaço até você. Espero que isso se acabe logo", relata o motorista João.
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